Mas tudo isso ia mudar em meados de 1979 com o aparecimento de um novo carro no Grupo 5 o Lancia Beta Monte Carlo Turbo.
Este carro baseava-se no carro de série que foi apresentado em 1975.
Os dois modelos eram bastante diferentes apenas foi mantida a estrutura geral do bloco do motor, tendo a parte mecânica ficado sobre responsabilidade do perito em corridas Abarth e a parte de aerodinâmica e design para Pininfarina.
O resultado final foi brilhante, os painéis desenvolvidos por Pininfarina com a ajuda dos túneis de vento, formaram um contraste muito elegante e ao mesmo tempo bastante eficaz nas pistas graças também ao chassi dallara e a uma suspensão McPherson.
O grande sucesso deste carro foi a montagem do motor ao centro transversalmente e o conjunto da suspensão traseira. Os engenheiros da Abarth construíram uma cabeça de motor nova com 16 Válvulas ao qual era acoplado um massivo KKK- Turbo, com apenas um motor de 1425 cc, com as alterações efectuadas no bloco, ficou equivalente a um motor de 2,0 litros aliado ainda ao seu peso reduzido (780Kg) e aos 400 cv debitados que mais tarde iria passar para os 473Cv, o Lancia beta Montecarlo Turbo alcançava os 100 Km/h em apenas 3.6s e tendo como velocidade máxima os 270 Km/h.
O Lancia Beta Monte Carlo foi apresentado em Dezembro de 1978, só fazendo a sua estreia em competição em Junho do próximo ano, durante a prova de Silverstone do Campeonato Mundial. Um único carro foi inscrito tendo sido pilotado por Ricardo Patrese e Walter Röhrl.
O novo Lancia mostrou-se bastante competitivo, mas mesmo assim ainda não estava ao nível dos carros da Porsche.
Embora tenha tentado lutar por fazer uma boa prova, esta apenas serviu para aperfeiçoar o carro e eliminar algumas anomalias.
Assim que os primeiros bugs foram eliminados, o Beta Monte Carlo facilmente começou a dominar a classe 2-litros, tendo obtido vitórias importantes em Pergusa e Brands Hatch terminando assim em segundo lugar no campeonato.
O Lancia dominava absolutamente a sua classe, pontuando dez vitórias de um possível onze na sua classe.
Importantes foram ainda as vitórias em Brands Hatch, Mugello e Watkins Glen contra os Porsches. Em 1981 repetiu-se a façanha com o Lancia novamente ganhar o campeonato de 2-litros outra vitória definitiva contra os 935s da Porsche.
Incentivado pelo desempenho dos "dois-litro» Beta Monte Carlo, Abarth desenvolveu um motor de maiores dimensões para 1981 no sentido de destronar os Porsche.
O novo motor de 1773 cc foi equipado com dois turbo-compressores. Tendo potência sido aumentada para 520 cv.
Infelizmente esta versão nunca foi inteiramente desenvolvida com o Lancia, já com os olhos postos no futuro "Grupo C" e nos regulamentos que iriam entrar em vigor em 1982.
Embora já não pontuável para o Campeonato Mundial, o Grupo 5 da Lancia continuou a ser pilotado por pilotos privados com sucesso considerável.
Tendo ficado assim na história do desporto automóvel como um dos Lancia mais competitivos de sempre.
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